sábado, 31 de julho de 2010

Pensar sobre o lixo nos caminhos.

Por Alberto Kirilauskas

Pelas ruas, andando ou sentado nalgum veículo automotor, joga-se para trás o papel, o copo plástico e as outras diversas coisas que não servem mais. Joga-se para trás, às vezes para o lado, para que sempre se consiga andar e ver o caminho a frente limpo. A ingenuidade, o restrito pensar ou talvez o desconhecimento, não permite entender que se esta num mundo circulamente fechado, onde não há um caminho meu, mas sim um caminho nosso; onde andando chega-se ao ponto inicial, e se passa por tudo aquilo que se jogou para trás com a idéia ilusória de que eles nunca mais estariam no caminho.

"Somos parte de um todo."

sexta-feira, 16 de julho de 2010

No calor do interior do Maranhão


Por Wagner Lima e Alberto Kirilauskas

A vida está aqui
A vida está lá longe
Perto de mim
E distante

A vida está correndo daqui
A vida está correndo pra longe
A vida está vagano por aí
Cortando os horizontes

Há vida em todo quinhão
Na esquina de São Paulo
E nas profundezas do Maranhão

Nosso conhecimento se mostra pequenim,
uma luz do tamanho de um ponto,
na linha densa de Vitória do Mearim...

Escritos do dia 13 de julho de 2010 na cidade de Vitória do Mearim - MA, onde os graduandos em Gestão Ambiental da USP/ESALQ, Wagner Lima de Andrade e Alberto Kirilauskas, estão executando, conjuntamente com outros graduandos da ESALQ e UNIOESTE Paraná, o Projeto Rondon 2010.
Somos ao todo 1600 entre estudantes e professores, distribuídos entre os estados do Maranhão, Pernambuco e Rondônia, com o objetivo de exercer a extensão universitária de forma intensiva junto comunidades com reduzido índice de Desenvolvimento Humano.
Excitação e angustia se misturam nos sentimentos dos rondonistas. Particularmente a equipe de Vitória do Mearim – MA presencia o quão a vontade política define a condição social de uma população.
Esse projeto apresenta-nos o abismo que existe entre as diferentes regiões desse país. O abismo entre a pesquisa universitária e sua aplicação social. O abismo entre a política e o cidadão.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Consumindo o ambiente, jogando fora o excedente

Por Rachel Trovarelli

"A Terra pode oferecer o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a ganância de todos os homens." Mahatma Gandhi

Assim dizia Gandhi. E ele acertou.

Um estudo divulgado pela ONG WWF mostra que "o consumo de recursos naturais já supera em 20% ao ano a capacidade do planeta de regenerá-los". Para o relatório Estado do Mundo 2004, do Worldwatch Institute, os "altos níveis de obesidade e dívidas pessoais, menos tempo livre e meio ambiente danificado são sinais de que o consumo excessivo está diminuindo a qualidade de vida de muitas pessoas".

Tudo se iniciou na Revolução Industrial, com a mentalidade de excessiva produção, gerando necessidades estrondosas de matéria prima e consequentemente causando a exploração de povos e culturas. O avanço tecnológico e a expansão da mídia em prol a globalização está custando caro para o planeta e para as pessoas menos favorecidas financeiramente.

O aumento do consumismo desde esse período é fato. Mas o que leva as pessoas a comprarem coisas que não são necessárias para sua vida?

Seria uma máscara para uma identidade pessoal não aceita? Talvez. Roupas mais luxuosas e estravagantes, com muita variedade de cores, formas, estampas... Tecnologias que demonstram um alto poder,seja este aquisitivo ou social. A cada mês surge um novo mega ultra celular ou um blaster master MP9, uma nova TV, novos computadores cada vez mais rápidos e potentes... Novos modelos de tênis, novos perfumes, bolsas, sapatos, eletrodomésticos.. Enfim, tudo está em contante renovação. É tanta novidade que muitas vezes... nem precisamos delas.

E aí então, as pessoas se mascaram com roupas e acessórios e se esquecem da sua verdadeira identidade. Afinal como pode o povo brasileiro, por exemplo, ser tão parecidos "materialmente" com os americanos? Roupas, tênis, computadores, músicas, alimentação.. sendo que estamos geograficamente tão longe e temos - teoricamente - uma rica herança cultural brasileira?

E assim temos diversos exemplos pelo mundo a fora. Ter um Nike ou o último celular, muitas vezes é sinônimo de status e poder. Trata-se, geralmente, de uma auto afirmação pessoal.

Há ainda, quem encare o consumismo como um problema de solidariedade, principalmente dentro de um círculo familiar. A começar por irmãos que - em diversos casos - têm enorme dificuldade em emprestar suas roupas, brinquedos, equipamentos...

Porém, esse consumismo exacerbado é para poucos. Vivemos na oligarquia do mundo financeiro. Um sistema inadequado que gera pessoas infelizes, sejam ricas ou pobres. Mas essa é outra longa discussão.

Além de doenças físicas e psicológicas, o consumismo gera muito resíduo mal aproveitado pelos governos e pela população brasileira. Como diria Cazuza: "Raspas e restos me interessam." O lixo pode ser a solução para milhares de famílias desfavorecidas, gerando emprego e renda. Quem tem a obrigação de cuidar dos resíduos é o prefeito de cada cidade. E basta usar a criatividade e a boa vontade.

Em Nova Friburgo, por exemplo, em ocasiões especiais e festividades, a prefeitura promove a decoração das ruas com material reciclado, gerando renda, emprego e embelezando a cidade. Pode-se ainda fomentar essa cultura através de benefícios fiscais para a reciclagem e gerar energia através do lixo (gás metano).

Há diversas iniciativas nacionais e internacionais que poderiam ser aqui listadas, como o "Buy Nothing Day" ( Campanha para um dia sem compras nos EUA ) e o trabalho do Instituto Akatu (www.akatu.org.br). Consumo consciente e destinação adequada de resíduos devem ser estimulados a todo momento, mesmo que seja uma pequena iniciativa. São assuntos que merecem destaques na mídia contemporânea.

Consumismo e resíduos correspodem por uma significativa parcela dos problemas sociais e ambientais do Brasil e do mundo. Cada um precisa fazer sua parte. Preste atenção no que e quanto compra. Recicle. Separe o seu próprio lixo. Conteste e se informe sobre a destinação deste em sua cidade. E por que também não cobrar os políticos da sua região? É o mínimo que cada um deve estar atento. Deixe preguiça política de lado. Eleve o grau de respeito e auto estima. E seja feliz, com um ambiente saudável.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

V ENEGeA

Por Rachel A. Trovarelli

Como divulgado na 2 edicão, acontece este mês de julho o V ENEGeA (Encontro Nacional dos Estudantes de Gestão Ambiental) em Inconfidentes - MG. De 20 a 24, estudantes de Gestão de todo país estarão discutindo diversos assuntos como a entrada em um conselho profissional, repasse do fórum realizado, além de oficinas e mini cursos, mesas redondas e palestras. Entre os palestrantes teremos: Gabriel Bitencourt, Dr. Rafael Maya, Dr. Pedro Lemos e representantes politicos-ambientais. Teremos ainda Luiz Carlos Dias Rocha palestrando sobre o curso de Gestão Ambiental e Ricado Miranda Maya falando sobre a luta pela sustentabilidade.

No último dia de evento, será escrita a Carta do V ENEGeA que irá relatar o evento além de direcionar os encaminhamentos.

Para facilitar o entendimento do encontro, o CAGeA sugere a leitura das Cartas elaboradas nos ENEGeAs anteriores. Elas podem ser obtidas a partir do site: www.enegea.org. As inscrições para o evento ocorrem através do preenchimento da ficha de inscriçao disponibilizada neste site indicado. O valor é de R$ 50, 00 incluindo alimentação e alojamento. No caso dos estudantes da ESALQ, o transporte será custeado pela universidade, visto que o ônibus foi disponibilizado pela Comissão de graduação do curso, em especial a coordenadora Prof. Odaléia Queiroz e Prof. Lindolpho Cappelari Júnior.

Para maiores informações contactar Ariane Ramalho (Baralho) da ESALQ ou o CAGECO.

Fontes: CAGeA e www.enegea.org

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Entre a exclamação e a interrogação.

Por Alberto Kirilauskas

Entre a segurança do conhecido e a dúvida da escolha há o ser humano.

A liberdade é posta a mesa em diferentes recipientes para qualquer um se servir. Existe apenas uma ponderação a ser feita: todos os pratos possuem sabores novos, aromas e texturas novas. O banquete é aparentemente grandioso e farto.

Diante da fome alguns preferem o comum pão francês. Outros se mergulham nas novas sensações e sabores e muitas vezes parecem não mais manter relações entre o mundo deles e o que enxergamos, e há os que comem o comum pão francês umedecido no caldo branco da panela do centro da mesa.

sábado, 3 de julho de 2010

2º Edição - O Marreco


Por Rachel Trovarelli
Aê galera! Chegamos a 2° Edição do jornal O Marreco. Devido a problemas financeiros, não conseguimos tornar impressa essa edição. Mas nem por isso o trabalho diminuiu ou acabou o ânimo! Cá estamos! Esperamos por novos apoiadores para articulação do jornal, desde estudantes até potenciais patrocinadores. Críticas, dúvidas ou sugestões, envie para: omarreco@yahoo.com

Capa 2º Edição - Junho de 2010