quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Editorial da terceira edição.

Chegamos a nossa 3º edição. Para nós e os colegas mais próximos que vem acompanhando o desenvolvimento do Jornal O Marreco, mais uma vitória, fruto de algumas correrias e utopias que aos poucos parecem estar cada vez mais próximas da nossa realidade.
A perspectiva de continuidade tem se tornado cada vez mais palpável, através de algumas parcerias. Aproveito a oportunidade para agradecer em nome do Centro Acadêmico de Gestão Ambiental (CAGeA) a nossa coordenadora de curso, Odaléia Queiroz, pelo apoio que tem dado ao CA e especialmente ao Jornal O Marreco. Agradeço também a todo pessoal do LES que tem colaborado e acreditado em nosso trabalho e aos amigos e colegas, estudantes de Gestão Ambiental, que tem realizado a construção participativa desse canal de comunicação.
E por se tratar de uma construção participativa, gostaríamos de deixar claro que cada autor é responsável por aquilo que escreve. O Jornal pretende atuar como ponte, entre a universidade e a comunidade e para isso, dá liberdade de expressão para todos, desde que estejam relacionados com a temática socioambiental. O principal objetivo é abrir espaço para textos que informem e provoquem uma reflexão critica – e quem sabe – que leve a algum tipo de ação.
Nessa 3º edição, o destaque são os diversos textos de diferentes cursos de Gestão Ambiental. Agradecemos aos Centros Acadêmico da IFSM, UnB, EACH e UFSCAR que gentilmente nos relataram cada um sua realidade. A idéia é que possamos notar as diferenças existentes entre os cursos e refletir o que isso acarreta para nós e para a comunidade que iremos trabalhar em breve. Infelizmente, a dificuldade de contactar universidades do sul, norte e nordeste ou a grande quantidade de tarefas de cada CA, impossibilitou uma maior diversidade de artigos e troca de experiências. Mas, fica o convite para que enviem textos, tanto estudantes, professores, Centros Acadêmicos e sociedade de forma geral.
Enviem textos, comentários, criticas e sugestões para: omarreco@yahoo.com . Quem tiver interesse em trabalhar conosco, faça o contato através desse email também. Para os internautas, a sugestão é o acesso pelo blog O Marreco: www.omarreco.blogspot.com. Lá, você encontrará as edições anteriores, postagens de textos e reflexões, fotos de eventos e afins. Se envolva!


Colaboradores: Ariane Ramalho – CAGeA (ESALQ); Carlos João Birckolz – CeABI (UFPR – Litoral ); Clara – CASESA (EACH); Denis Rodrigues de Oliveira – (Pimentinha); Gabriel Bitencourt; Jéssica – CAGeAm (UnB); Profª Odaléia Queiroz; Renan Andrade – CAGECO IFsuldeMinas); Renata Bergamo Caramez ( Q´likí ); Silvana; Tássia Natania (UFSCAR).

Planeta que chora

Por Luiz Domingos de Luna

Reflito sobre a vida
sobre o mundo rotativo
do universo exuberante
da beleza do ser pensante
do mundo mágico criativo
É o solo, é a existência roída
de um planeta que chora, exaurido.
De uma fumaça de gás cumprimido
De um berço que faz sentido.
De uma paisagem destruida
que teimo em desfrutar
a reta um ponto vai ficar
o fim, o começo a externar
O espaço a gritar
O ambiente somente?
A água ?
A selva?
O mar ?
E nós humanos ?
O planeta chora
A inteligência ignora?
Onde iremos morar?
Sem terra, sem piso, sem ar
sem fogo, sem água, sem mar?
Por que a poluição ?
O farelo da destruição
O lixo cultural ?
O rio é um esgoto
O mar está morto
O ar é aborto
de quem quer abortar,
assim, volto ao pó
não tem reciclagem
é uma viagem,
mas viajo só?

Alimentos versus Combustíveis A Batalha do século XXI

Por Denis Rodrigues de Oliveira
4º Ano Gestão Ambiental
ESALQ / USP

Alarmantes notícias e artigos sobre a segurança alimentar no futuro são comuns em revistas, jornais e sites especializados, ou não, em agricultura. O site da FAO ilustra bem essa situação. Não poucos são os artigos que tratam do assunto, sendo que um em especial chama a atenção, principalmente pelo título: 2050: UN TERCIO MÁS DE BOCAS QUE ALIMENTAR. A matéria de 23/09/2009 apresenta interessantes informações e dados que invariavelmente nos levam a uma indagação: Vamos conseguir alcançar tal feito? Como não bastasse a dramaticidade do assunto, adicione ao roteiro a busca por alternativas energéticas aos combustíveis fósseis, que vai de encontro com a produção de alimentos, pois a primeira opção da maioria dos países para essa substituição da matriz também está no campo.
Chegamos então em um momento decisivo no qual temos um desafio muito grande à nossa frente: Temos de produzir 70% a mais de alimentos para 2,3 bilhões de pessoas (a mais) em pouco mais de 40 anos e ainda abastecer os tanques sedentos dos automóveis, que transportarão bilhões de pessoas ao redor do mundo todo em um futuro breve.
Segundo o artigo supracitado, apesar dos números alarmantes, a FAO está otimista, embora cautelosa, quanto a capacidade do mundo em se alimentar. Os especialistas da organização acreditam que a produtividade será capaz de resolver o problema da quantidade de alimentos necessária para o abastecimento da população global. Além disso, acredita-se que a expansão das fronteiras agrícolas, principalmente nos países em desenvolvimento, será suficiente para atender a demanda por alimentos, mesmo considerando as limitações dos recursos naturais.
Quanto a esses, os números também são desnorteantes; em relação ao uso da água as preocupações existem, contudo espera-se um crescimento lento do consumo deste recurso por causa da otimização do seu uso, através do aumento da eficiência da produção agrícola. Mesmo assim espera-se um incremento de 11% no consumo de água para 2050. A maior preocupação está na má distribuição deste recurso pelo globo, colocando os países do Oriente Médio, Norte da África e Sul da Ásia em situação complicada.
Acredita-se que 90% do crescimento da produção necessária para o abastecimento global venham através da melhoria da produtividade e intensificação das culturas, mesmo assim espera-se um aumento de cerca de 120 milhões de hectares de terras agricultáveis nos países em desenvolvimento, principalmente na região da África Subsariana e América Latina; Enquanto espera-se que diminuam em 50 milhões de hectares as terras agrícolas nos países desenvolvidos, desde que (essa condição apresenta uma importância fundamental), a demanda por biocombustíveis não interfira nesses cálculos. Do ponto de vista global, ainda existe quantidade segura de terras para alimentar a população, porém a FAO se preocupa e alerta para o problema da concentração destes espaços em poucos países, e para prática de grandes culturas que não necessariamente atendam à demanda por alimentos da população.
Além disso, é preciso considerar que parte destas terras disponíveis para a expansão agrícola ou são florestas ou estão à mercê da expansão da área urbana, isso nos leva à incorporação de mais variáveis à nossa problemática: a questão ambiental e o aumento da demanda por energia, empregos e alimentos, conseqüência da urbanização. Desse modo, as questões ambientais e sociais se juntam aos fatores técnicos para a resolução do problema de alimentos, sem esquecer que vivemos em um sistema de produção no qual a economia de mercado dita as regras, se fazendo necessária a viabilidade econômica das ações para que estas sejam colocadas em prática. Dentro deste amplo panorama, podemos perceber, assim como fez o Diretor Assistente da FAO Hafez Ghanem, que apenas as capacidades técnicas não são capazes de resolver o problema da fome no mundo. Segundo o mesmo, é preciso haver investimentos em infra-estrutura socioeconômica para que as pessoas tenham acesso à alimentação e essa infra-estrutura não pode desconsiderar que os recursos naturais são limitados e que a preservação do meio natural é imprescindível para a manutenção da qualidade de vida das pessoas seja no presente ou no futuro.
O embate que intitula o presente trabalho é motivo de preocupação crescente entre especialistas, governantes e organizações civis interessadas na segurança alimentar do planeta. A análise das conseqüências do rápido crescimento da demanda por biocombustíveis, principalmente os líquidos, demonstra que a segurança alimentar do mundo se encontra ameaçada, já que a demanda por produtos agrícolas para a produção de combustíveis pode entrar em competição com a produção de alimentos.
É preciso compreender, entretanto, que o aumento da demanda por biocombustíveis é impulsionado, em sua grande maioria, por políticas governamentais de países desenvolvidos que, viram na produção de combustíveis tidos como limpos a melhor alternativa para a mitigação dos impactos ambientais negativos causados pelo uso de combustíveis fósseis, para o estabelecimento de segurança energética e desenvolvimento agrícola. O efeito colateral direto é a competição entre alimentos e biocombustíveis. Outros aspectos negativos estão sendo levantados acerca desse assunto, como o real impacto ambiental causado pelos biocombustíveis e o acelerado avanço do conhecimento científico no que tange os impactos, repercussões e conseqüências socioeconômicas e ambientais da crescente demanda por essa alternativa energética. A nossa compreensão sobre estas variáveis é importante para a tomada de decisões e formulação de políticas públicas que regulamentem todo o processo, desde a produção no campo aos supermercados e bombas de postos de combustíveis.
O Estado de Agricultura e Alimentação 2008, publicado pela FAO aponta as seguintes diretrizes gerais para a formulação de políticas adequadas à problemática aqui abordada:
Proteger a população que se encontra em condições de pobreza contra a insegurança alimentar;
Aproveitar as oportunidades para o desenvolvimento agrícola e rural;
Assegurar a sustentabilidade ambiental;
Revisar as políticas de biocombustíveis existentes;
Fazer com que o sistema internacional seja favorável ao desenvolvimento de biocombustíveis.
Como se pode esperar, a batalha travada entre a alimentação das bocas humanas e os tanques dos automóveis não deixou o Brasil de fora. Em terras tupiniquins o embate tem na cana de açúcar o seu maior representante. Considerado, segundo José Graziano da Silva, o zebu brasileiro, a cana de açúcar vai bem em qualquer lugar e não respeita cercas divisórias de propriedades. Contra o nosso novo ouro verde, associam-se também especulações sobre sua invasão à Floresta Amazônica, além da competição pelas áreas agricultáveis com os alimentos.
No meio desta guerra que ganha adeptos de afoitos investidores e produtores de um lado e protecionistas sociais e ambientais de outro, o governo brasileiro vem tomando “...Medidas que levantam cercas e criam salvaguardas ambientais e sociais”. (José Graziano da Silva). Essas medidas traçam o zoneamento agroecológico da cana de açúcar no Brasil, impedem a instalação de novas usinas ou plantações de cana em áreas de vegetação nativa, não importando o tipo de vegetação, protegendo assim desde a Amazônia ao Cerrado ou Mata Atlântica. As restrições também avançam para o sistema de créditos agrícolas, fazendo com que estes funcionem como travas capazes de impedir o avanço da agroenergia em áreas ocupadas pela produção de alimentos.
“Somado às restrições de unidades de conservação já existentes e territórios indígenas demarcados, a cana de açúcar fica vetada em mais de 80% da área total do país, ainda assim preservando um amplo horizonte de expansão, já que a lavoura destinada ao etanol ocupa menos de 1% da área agricultável do país.” (José Graziano da Silva)
O governo brasileiro se posiciona de acordo com as diretrizes apontadas pela FAO. Contudo se as medidas serão suficientes para amenizar as tensões ocasionadas pelas variáveis aqui apresentadas já é outra história. Correntes aliadas e contrárias ao posicionamento da FAO irão se formar, e outras idéias deverão surgir, e assim se espera que como a maioria das grandes histórias sobre épicas batalhas, esta também tenha um final feliz.








Links consultados:

https://www.fao.org.br/vernoticias.asp?id_noticia=867
https://www.fao.org.br/2050atmmtf.asp

Os jovens, as minorias ativas e os movimentos sociais

Por Gabriel Bitencourt

Nós todos, brasileiros e habitantes de outros países, que vivemos sob a égide da chamada Democracia Participativa, acabamos por acreditar – e isso é confortável – que nosso papel de cidadão encerra-se no ato de eleger nossos representantes. Depois disso “é com eles”!
Não é assim! A sociedade, através dos movimentos sociais organizados tem uma força espetacular.
Já fui vereador em Sorocaba e, especialmente no campo socioambiental, tenho bons exemplos do quanto avançamos por conta das ações onde os movimentos sociais foram protagonistas. Em momentos recentes, a união de organizações não-governamentais e protetores e protetoras de animais articulados em um movimento denominado Movimento Sorocaba sem Rodeio, acabou por conseguir a proibição, por lei, dos rodeios em nossa cidade.
Há cerca de uns dez anos, uma polêmica em torno da implantação de um hipermercado em uma área paisagística e ambientalmente relevante para o município acabou durando dois anos. O processo inicialmente pretendido que geraria alto impacto ambiental e que quase nenhuma compensação teria, acabou por ser estruturalmente mudado com diminuição dos impactos e com medidas compensatórias. Foi uma vitória do movimento social.
O que percebemos é que, na maior parte das vezes, a juventude cumpre um papel muito importante nestes processos.
A juventude traz, em sua própria natureza, a inquietação, o não conformismo com o status quo, o sentimento de que sempre há algo mais a ser feito. Infelizmente a sociedade busca, como no The Wall, do Pink Floyd, sufocar e tolher, através de suas instituições, inclusive as escolas, esses sentimentos juvenis.
Em razão disso, são poucos os que se mobilizam, que assumem lutas em defesa do meio ambiente, de um animal sendo mau tratado ou de uma árvore ameaçada de ser cortada por reles motivo. Menos ainda são os que assumem o papel de liderarem organizações como centros Acadêmicos, ONGs de defesa dos animais, do meio ambiente, por exemplo. Por outro lado, estes, que não se tornaram “tijolos no muro” social, acabam pela força que a resistência lhes proporcionou – como os músculos de um maratonista – sendo agentes de mudanças na sociedade.
O psicólogo social Serge Moscovici aponta o papel relevante das “minorias ativas” nas mudanças que ocorrem na sociedade. O conhecimento desse papel pode fortalecer aqueles que, por vezes, imaginam-se enfraquecidos por estarem em pequenos grupos procurando mobilizar a sociedade em favor de uma sociedade mais justa, de padrões éticos de comportamento ou de relações socialmente mais justas.
O silêncio e o conformismo da maioria tende à letargia e à sensação de que nada pode ser melhor do que está. Lembro, nos casos que apontei inicialmente, que poucos foram os que iniciaram o movimento pela abolição dos rodeios em Sorocaba ou contra a destruição que ocorreria pela implantação do projeto original do hipermercado, mas fizeram a diferença!

Construindo um Programa Universitário de Educação Ambiental para o Campus “Luiz de Queiroz”

Renata Bergamo Caramez

Há algumas décadas, surgiu e vem se fortalecendo um movimento global em prol de uma transformação da consciência coletiva humana. Uma percepção diferenciada, que tem apresentado a matéria contemporânea de valorização do meio ambiente a todos os atores sociais da humanidade, e que está presente aqui, no campus da USP de Piracicaba, em São Paulo, Brasil, Mundo.
Na particularidade do nosso campus “Luiz de Queiroz”, o cenário é retrato muito bem tirado de todo esse movimento mundano. Arrisco dizer que é um movimento forte em meio a uma realidade dura, dura feito rocha, e que a imprecisos olhos pode parecer intransponível. Às vezes, até soa desanimador, outras, o desânimo ecoa em inovações, borbulhões de idéias, vontade de reanimar, continuando a saga de movimentar. E assim a rocha vai virando areia, silte, argila.
De modo que, é sábio se atentar a complexidade por onde transita a matéria ambiental. Será que conceitos como de sustentabilidade e educação ambiental estão de fato sendo incorporados num sentido mais profundo e transversal?
É nesse sentido que acreditamos que não se trata apenas de uma nova matéria, emergida de uma demanda social, e sim de transcender a visão, no desenvolvimento de um novo olhar para o conjunto de matérias que compõem nossa realidade universitária, nossos coletivos e nossas individualidades. Dessa forma, pensando em expandir o campo da subjetividade superficial, nos atiramos em águas mais fundas onde habita a objetividade da prática, na tentativa de estimular que muitos outros olhares possam se abrir para a realidade atual.
Através da reflexão da importância de atingir, difundir e, sobretudo exercitar tal nova visão foi iniciada a construção do Programa Universitário de Educação Ambiental do Campus “Luiz de Queiroz” (PUEA), que pretende estimular a incorporação da Educação Ambiental em todas as linhas de ação do campus, promovendo assim uma ambientalização do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão praticada cotidianamente na instituição.
A primeira etapa desse processo de construção ocorreu na forma de um evento de três dias (12, 13 e 14 de agosto) aberto a toda a comunidade, interna e externa, e que teve participação de cerca de 120 pessoas. Palestras e uma Mesa-Redonda deram início à reflexão sobre a ambientalização das instituições de ensino superior. Posteriormente, ocorreram oficinas de reflexão onde foram levantadas discussões sobre o cenário da educação ambiental no campus hoje, as iniciativas existentes e as principais dificuldades evidenciadas; sugestões de propostas para a inserção da educação ambiental na instituição e formas de viabilizá-la; e a disposição dos participantes em participar desse processo de construção.
Surgiram diversos questionamentos referentes aos caminhos que as Universidades vem trilhando para elaborar seus planos de sustentabilidade e da necessidade da inserção da educação ambiental na pesquisa, ensino, extensão e gestão. Existem ações e propostas muito animadoras neste sentido e que podem ser fortalecidas pelo momento histórico e disposição das pessoas em construí-lo.
Avaliamos essa etapa como muito positiva e de grande ânimo e contribuição para a construção do PUEA. Ao final do encontro foram formados os grupos de aprofundamento da Educação Ambiental na Gestão, Ensino, Pesquisa e Extensão, que tem se encontrado para dar continuidade à elaboração do documento de apresentação do programa. A meta é entregarmos o documento estruturado até o final deste ano.
Está acontecendo. Todos ainda podem contribuir! Basta ficar atento às datas das reuniões dos grupos de aprofundamento que estão sendo divulgadas no campus, ou entrar em contato com a Secretaria Executiva do Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus “Luiz de Queiroz” para mandar suas dúvidas, sugestões, críticas, apoio, idéias...
A próxima Reunião Geral do PUEA será realizada no dia 25/09 (sábado) às 9h, no Departamento de Ciências Florestais (LCF / ESALQ).

Carta do 5º ENEGEA

Encontro Nacional dos Estudantes de Gestão Ambiental
Reciclando Idéias no Sul de Minas!
Entre os dias 20 e 24 de julho de 2010, no Instituto Federal do Sul de Minas Gerais situado na cidade de Inconfidentes-MG, ocorreu o V Encontro Nacional dos Estudantes de Gestão Ambiental. O evento foi organizado pelo CAGeCO (Centro Acadêmico de Gestão Ambiental Claudino Ortigara) em parceria com a CONEGeA (Coordenadoria Nacional dos Estudantes de Gestão Ambiental).
Estiveram presentes 168 estudantes de Gestão Ambiental (Tecnólogos e Bacharéis), mais 1 Docente do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (Uberada/MG), reunidos afim de discutir assuntos pertinentes à Graduação Gestão Ambiental como também temas relativos à Profissão de Gestor(a) Ambiental,dando continuidade aos debates e trabalhos em busca da representatividade estudantil perante à sociedade e aos esforços de reconhecimento da profissão iniciado em 2005, no I ENEGeA.
Neste ano estiveram presentes estudantes e egressos de 14 Instituições de Ensino Superior de 06 diferentes Estados do país:
ü CEFET (Rio de Janeiro- RJ)
-EACH/USP (campus Leste – São Paulo)
- ESALQ/USP – (Piracicaba – SP)
- Faculdade Machado Sobrinho (Juiz de fora - MG)
- FAG/Dom Bosco (Cascavel - PR)
- IF-SULDEMINAS (Campus Inconfidentes - MG)
- IF-SULDEMINAS (Campus Machado - MG)
- IF-TRIANGULO MINEIRO (Campus Uberaba - MG),
- PUC (São Paulo – SP)
- SENAC (São Paulo - SP),
- UFGD (Dourados - MS),
- UFSCar (São Carlos - SP),
- UNB (campus Planaltina - DF),
- UNICOR ( 3 Corações - MG),
O objetivo dos ENEGeAs é,além de promover a unidade, a troca de experiência e confraternização entre os estudantes de Gestão Ambiental do Brasil, discutir e deliberar sobre assuntos de pertinência da classe profissional.
O movimento iniciou-se em 2005 e desde sua 2° edição é estruturado pela CONEGeA,fomentando inclusive demais atividades coletivas organizadas, vide a iniciativa de construção do Fórum de Representantes de Gestão Ambiental, evento ocorrido em 2008 e que une docentes, discentes e coordenadores de curso de instituições de ensino superior para discutir as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de Gestão Ambiental.
Por serem de natureza recente no Brasil (tecnólogo iniciado em 1998 no RJ e bacharelado em 2004, em SP), os cursos superiores em Gestão Ambiental têm demandas diversas e complexas, impulsinonando a vontade no movimento estudantil em promover esses espaçoes de discussões visando a reflexao sobre o conteúdo acadêmico e o reconhecimento e a consolidação deste profissional.
Assim, ressalta-se a continuação e o amadurecimento de quatro principais eixos temáticos que perpassam todos os nosso Encontros Nacionais até o momento:
-Organização estudantil;
-Ensino em gestão ambiental;
-Reconhecimento profissional (regulamentação e divulgação);
-Conselho de classe;
Em 2010, de forma semelhante aos encontros anteriores, o evento foi dividido basicamente em 3 momentos.O primeiro deles compreende as solenidades de abertura, apresentação das caravanas e os repasses e histórico do movimento.Já o segundomomento se caracteriza por espaços de palestras, mini-cursos, mesas-redondas e Grupos de Trabalho (GTs), sendo estes a ocasião de maior aprofundamento estudantil dos alunos nos temas e propostas, frutos de discussão entre os discentes de cada Instituição de Ensino Superior reunidos.
O último momento é marcado pela Plenária Final, espaço máximo de deliberação dos estudantes e, consequentemente do Encontro Nacional em sí. É quando as definições dos GTs são melhoradas e ratificadas por todos os participantes coletivamente, encaminhamentos diversos são estipulados e se escolhe a próxima instituição que sediará o ENEGeA.
Esta Carta expõe as discussões do 5º Encontro Nacional de Estudantes de Gestão Ambiental, registra a produção da Plenária Nacional do 5º ENEGeA e apresenta como Apêndices I e II os resultadosdo esforço de construção dos Grupos de Trabalho.
É importante ressaltar que os apêndices deste documento retratam o esforço inicial das discussões ocorridas durante o evento, se materializando como a base fundamental para a continuidade dos GTs pós-evento e, de acordo com as definições da Plenária Final, a ratificação da versão final dos documentos almejados se dará durante o próximo encontro(6º ENEGeA), em 2011.
A definição dos Grupos de Trabalho do 5º ENEGeA
Como podemos observar nas Cartas dos Encontros Nacionais anteriores a CONEGeA foi apresentada como o coletivo estudantil organizado responsável por articular e representar os discentes na busca por voz e voto em questões de interesse estudantil e profissional do Gestor Ambiental.
Entretanto, durante essa reivindicação da CONEGeA alguns representantes de IES demonstraram dúvidas quanto à legitimidade deste coletivo, situação demonstrou a necessidade urgente de um momento participativo de ratificação e institucionalização da CONEGeA.
E, pela necessidade em manter a linearidade de temas entre os Encontros, que ainda não foram satisfatoriamente aprofundados, bem como para atender à demanda relativamente atual de institucionalizar a CONEGeA,os Grupos de Trabalho (GTs) desse 5º Encontro Nacional abordaram:
- Fundamentos e Diretrizes dos ENEGeAs e;
- Institucionalização da CONEGeA.

Objetivos dos Grupos de Trabalho
O Grupo de Trabalho intitulado “Fundamentos e Diretrizes dos ENEGeAs” teve a tarefa e assumiu o compromisso de definir as diretrizes gerais e obrigações que devem ser assumidas pelos organizadores na realização dos ENEGeAs, de forma que haja conectividade entre os Encontros e que se possa garantir a manutenção dos princípios fundamentais. O resultado das discussões iniciais deste GT podem ser observados no Apêndice I desta Carta. A função principal do GT foi elaboraros “Princípios dos ENEGeAs”.Porém,nas nuances da discussão surgiram propostas que se enquadraram como Princípios, Objetivos do Encontro e Sugestões.
Já o grupo de Trabalho nomeado “Institucionalização da CONEGeA” tratou do reconhecimento oficial desse coletivo estudantil, articulado voluntariamente desde o fim de 2005, frutoda primeira reunião presencial Pós-I ENEGeA. A necessidade de oficializar a Coordenadoria dos Estudantes de Gestão Ambiental é um assunto pertinente já desde o III ENEGeA, quando o coletivo estudantil sentiu a falta de ter um grupo legitimado oficialmente registrado em cartório,com CNPJ e demais registros jurídicos, pararepresentar em instâncias civis, legais etc. as deliberações do Encontro.O resultado das discussões iniciais deste GT podem ser constatados no Apêndice II deste documento.
Deliberações da Plenária Final
 Os documentos elaborados pelos GTs (Apêndice I e II), foram discutidos e ratificados em Plenária Final do 5º ENEGeA como as versões de base para o aprimoramento dos Princípios do ENEGeA e Estatuto da CONEGeA. Os documentos continuarão a serelaborados e melhorados até o 6º ENEGeA, em 2011, quando serão submetidos à análise dos participantes do Encontro durante sua Plenária Final;
 Para tal tarefa foi criada a “Comissão de Institucionalização da CONEGeA” com a responsabilidade de discutir e melhorar o documento elaborado no evento junto às respectivas Instituições de Ensino Superior, finalizando o Estatuto da CONEGeA para ser apresentado e aprovado (ou não), em julho de 2011 durante o 6º ENEGeA. A comissão é composta pelos representantes: Renan Andrade e Michender- IFSULDEMINAS-Campus Inconfidentes; Martha Fellows e Thiago da Silva Gomes- UnB/DF; Joaquim, Mari Morena e Ilane – EACH/SP; Ariane “Baralho”, Ricardo “Deus Te Crie”, Felipe “Frut-Lee”, Rachel “Dismãxi”, Nelson “Vela Preta” e Vanessa “Kyoto” – ESALQ/SP; Felipe Lemos – PUC/SP; Henrique Luís SENAC/SP; Caroline Fróes, Carlos Milanezi, Guilherme Eduardo Loureiro e Lurdenil “Onil” Ramos – UFGD/MS e Otavio Manuel R. Souza – Unicor/MG (Três Corações);
 Os representantes para a continuidade do GT Fundamentos e Diretrizes dos ENEGeAs não foram definidos durante esse Encontro, sendo a continuação dos trabalhos do mesmo abertos a participaçãode todos os interessados e suas complementações elaboradas através do grupode discussão virtual nomeado “GT- Comunicação ENEGeA”;
 A CONEGeA é permanentemente aberta à participação de todos(as)graduandos(as) e graduados(as) interessados nas discussões expostas, cabendo as decisões oficiais serem tomadas por consenso ou voto entre os representantes das instituições que já participaram dos ENEGeAs. Cada instituição definirá a forma de eleição de 3 (três) membros oficiais para representá-lajunto à CONEGeA. Os docentes e egressos de Gestão Ambiental, assim como a colaboração de estudantes de outros cursos têm caráter consultivo nas deliberações deste coletivo;
 Foi criado um novo evento, esportivo, de integração e confraternização dos estudantes de Gestão Ambiental: o INTERGeA (Jogos Inter-Turmas de Gestão Ambiental) que em sua primeira edição será organizado pelos alunos do Centro Acadêmico de Gestão Ambiental da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos-SP) e com indicativo de data de ocorrência para o segundo semestre de 2010;
 Em face da manifestação pública da UNB em declinar ao compromisso de ser a instituição sede do II Fórum de Representantes, ratificou-se em Plenária Final que a nova instituição sede será a Escola de Artes e Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP), campus leste, devendo o evento ser realizado no primeiro semestre de 2011;
 O 6º Encontro Nacional dos Estudantes de Gestão Ambiental será sediado pela Universidade de Três Corações (UNICOR) em Minas Gerais, mediante candidatura voluntária do representantediscenteOtávio de Souza, durante a Plenária Final. O Encontro deve serrealizado em Julho de 2011 cabendo, entretanto à instituição sede, confirmar a data exata.

A diversidade do curso de Gestão Ambiental

Por Rachel Trovarelli

Não é novidade pra ninguém o quão novos são os cursos de Gestão Ambiental. Quem já esteve nos ENEGeAs, ou em contato com outros estudantes de outras Instituições, percebeu que o perfil do estudante e do profissional são bem diferentes. Essa pluralidade pode tanto atrapalhar como agregar. Cabe a nós nos movimentar para algum dos lados.
Visando trazer essa consciência de diversidade e abrangência, o Jornal O Marreco, contactou os Centros Acadêmicos de algumas Instituições que possuem o curso de Gestão Ambiental, sejam tecnólogos ou bacharéis. Infelizmente a grande dificuldade foi contactar cursos do norte, nordeste e sul do país. Alguns CA's ainda não puderam participar desse quadro devido ao grande número de tarefas que tinham por fazer em caráter emergencial no período de recolhimento dos textos. Agradecemos a todos os CA's participantes e esperamos que seja possível conhecer um pouco mais sobre a realidade do futuro gestor ambiental em outras regiões do Brasil.
A partir dessa visão, um pouco mais geral, podemos pensar ações que proponham um padrão mínimo para o curso bacharel e para o curso tecnólogo. Dessa forma, podemos citar o gestor ambiental como um profissional com características mais bem definidas. Esse fator é extramente vantajoso para nós no mercado de trabalho.
Conheça, nesta edição, as realidades nos cursos da EACH/USP , UFSCAR, IFSM, ESALQ/USP e UnB.


O curso de Gestão Ambiental da UNB

Por Jéssica – CAGeAm (UnB)
Habilitações: Bacharelado Campus: Planaltina Turno: Noturno Duração: 4 anos

Inaugurada no dia 16 de maio de 2006, nossa faculdade nasceu dentro da idealização de expansão da Universidade de Brasília e do REUNI, que busca não só ampliar a oferta de vagas no ensino superior gratuito de boa qualidade para a população do DF e entorno, como também, a implantação de cursos superiores que propiciem o desenvolvimento regional. O curso de Gestão Ambiental na UnB acabou de nascer, foi criado no segundo semestre de 2008, atualmente temos quatro turmas e uma interessante história. Aqui é tudo novo, diferente, em construção. Nosso campi foi o primeiro fora da cidade universitária Darcy Ribeiro, estamos a 40 km de distância, na cidade de Planaltina-DF, a cidade mais antiga do
DF (tem 100 anos a mais do que a capital federal). Atualmente, existem mais dois campi avançados, todos eles concentrando áreas do conhecimento (Engenharias no Gama e Saúde na Ceilândia). Na criação do curso, não havia um Plano Político Pedagógico (PPP) estabelecido, poucos professores contratados, pouca estrutura, mas muita esperança e força de vontade. Visto que urgia a necessidade da elaboração das diretrizes do curso, foi eleito por votação um representante discente para compor a construção do PPP juntamente com os professores no colegiado do curso. Em meio a muitas discussões, dinâmicas de trabalho e propostas o Colegiado de Gestão Ambiental formulou diversos modelos de PPP, todavia o Decanato de Ensino e Graduação (DEG) emitia diversos pareceres indicando pequenas modificações. Desta última vez, a decana e seus pareceristas concluíram que por ser um curso de Gestão deveríamos ter mais matérias na área de Administração e Economia. Essas matérias foram imediatamente ofertadas, mas o professor pediu exoneração e elas foram canceladas em pleno semestre corrente. Essa foi apenas uma de diversas intempéries que nosso curso sofreu e vem sofrendo, devido a sua construção e execução simultânea. O estudante de gestão ambiental tem todo o incentivo do campus para a elaboração de projetos de pesquisa e extensão, para estagiar em um órgão ambiental, e construção do Centro Acadêmico e da Empresa Jr. Infelizmente, as pessoas que entram para estagiar são encaminhadas à área administrativa ou em um órgão de atuação da área de agronomia. Por isso surgiu a EMBRAGEA (Empresa Brasileira de Gestão Ambiental Junior), com a idéia de ser um laboratório profissional para os gestores, realizando as mais diversas atividades, na prática, que um gestor ambiental poderia desenvolver. Muitos estudantes ficam com dúvidas no ramo que elas poderão atuar no futuro, devido a profissão ainda não ser regularizada, o que acaba fazendo com que alguns alunos acabem ficando sem interesse, e até trocando de curso. Nosso curso se encontra em fase de consolidação, por isso nos sentimos agentes dentro desse contexto. Temos ainda alguns problemas com as grades, e a primeira e segunda turma, por exemplo, serão normalizadas apenas em 2012. Por tudo isso, vemos que a galera aqui é bem animada, muita gente com muita vontade de fazer esse curso dar certo, construir nosso CA, pois ainda não temos sede fixa, ter um espaço para estudarmos, pois nossa biblioteca ainda é muito pequena e temos que improvisar nas salas, não temos ainda Restaurante Universitário e uma casa do estudante. Todavia, notamos vantagens em estudar a 40 km do campus principal: estamos construindo a história de um lugar que irá capacitar e amadurecer várias pessoas. Por ser um campus pequeno que está se ampliando e que possui apenas quatro cursos, temos uma aproximação maior com os professores e direção, que são verdadeiros mestres e que estão visivelmente dedicados ao nosso curso, enfrentando conosco as dificuldades de ser a vanguarda nesse processo de construção. Outra vantagem é a verba que nossa faculdade recebe a mais que as outras por estar em construção, assim podemos ter computadores em cada sala de aula, entre outros espalhados pela faculdade temos também data show em quase todas as salas, mesas e cadeiras novas, internet wireless em toda a faculdade, e diversos veículos a nossa disposição, coisas que não se encontram em no campus Darcy Ribeiro devido à extensão do mesmo e aos anos de existência. Ao lado da FUP temos o privilégio de ter o Parque Sucupira, com vegetação constituída por cerrado, mata ciliar do Ribeirão Mestre D'armas, do córrego Fumal e nascente do córrego Buritizinhos, árvores frutíferas nativas do cerrado, onde interagimos através de saídas de campo. Próximo ao nosso ao campus também está localizada a Estação Ecológica de Águas Emendadas, vereda que da origem às bacias hidrográficas do Prata e São Francisco, que hoje é uma unidade de pesquisa e Centro de informação que desenvolve projetos de educação ambiental.
Temos aula de segunda a sexta das 19h às 22h30 e no sábado de 8h às 12h, onde normalmente são oferecidas as matérias que necessitam de saídas de campo.
Estudamos hoje em uma área pequena com salas, auditório, laboratórios, lanchonete, secretária e uma pequena biblioteca.
Nosso campus está em processo de ampliação e construção, pois a demanda de espaço cresce a cada semestre. Recentemente a Unidade de Ensino e Pesquisa (UEP) foi inaugurada na FUP, a qual possui 22 salas para professores, seis laboratórios, que atenderam às demandas das pesquisas já desenvolvidas no Campus e incentivarão o desenvolvimento numeroso de projetos e pesquisas.
O prédio principal da FUP está em andamento e a sua inauguração está marcada para novembro deste ano. Será um complexo de dois andares com salas de aula, laboratórios, biblioteca e um novo auditório com o dobro da capacidade do atual.
Para o perfil do estudante de Gestão Ambiental da FUP a palavra chave é diversidade. Nosso curso é noturno, então tem uma galera que trabalha durante o dia e também muitos que não fazem nada, tem muita gente fazendo do curso sua profissão. Resumidamente é uma mistura de pessoas de estados diferentes, momentos de vida diferentes e no fim das contas até que a gente está lidando bem com isso, existe uma interação bem legal. Sendo um curso novo e temos apenas quatro semestres não temos um perfil definido para o estudante de gestão ambiental e achamos precoce tentar defini-lo.
Muitos projetos vêm sendo desenvolvidos na FUP como a Empresa Junior (EMBRAGEA) que realiza trabalhos na área ambiental sem fins lucrativos, o “Esperança Verde na FUP/UnB: um Campus Universitário Modelo em Gestão Ambiental”, projeto de extensão que busca ampliar a educação, mobilização e gestão ambiental dentro do campus, um projeto de criação de mudas nativas do cerrado para recuperação de mata ciliar degradada, projetos de pesquisa na área de geoprocessamento, estatística multivariada, análise química e de microfauna, dentre outros.
As oportunidades de estágio para o nosso curso são das mais diversas, como empresas de consultoria ambiental, no IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, na Embrapa- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, no CDT/UnB – Centro de desenvolvimento tecnológico, no CDS/UnB – Centro de desenvolvimento sustentável, ANA – Agência Reguladora de Águas, ADASA – Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal, no Ministério do Meio Ambiente, em órgãos públicos em geral, quais são destinadas estágios para a área ambiental no órgão.
Segundo a conceituação da UnB, nosso curso tem como objetivo estudar o funcionamento do meio natural, especialmente o bioma Cerrado, e as diferentes maneiras de apropriação humana da natureza abordando a sua relação com ela e seus recursos, buscando formar profissionais com visão interdisciplinar sobre o meio ambiente e a necessidade de sua preservação, conservação, proteção e uso sustentável.
O graduando deverá ser capacitado, científica e analiticamente, para examinar, diagnosticar, gerar dados e propor soluções relacionadas a impactos ambientais causados por atividades humanas, além de propor alternativas que melhorem a qualidade do meio ambiente e as condições de vida.


O curso de Gestão Ambiental da USP - EACH

Por Clara – CASESA (EACH)
Gestão 2010- "Pra não dizer que não falei das flores”

O curso de gestão ambiental da Escola de Artes Ciências e Humanidades (EACH-USP), apresenta uma série de debilidades não inatas, mas desenvolvidas a partir de um processo deficiente do surgimento da própria EACH, que resultaram em problemas que nos atingem ano após ano.
O ciclo básico sofreu muitas alterações que foram impostas pela direção sem qualquer consulta ou consentimento de estudantes e professores e apresenta-se, hoje, como um conjunto de disciplinas desconexas entre si e desarticulada entre os cursos, afastando-se cada vez mais da realização de sua proposta de formação abrangente e interdisciplinar. As constantes mudanças da grade assim como excesso de pré-requisitos presentes nesta, durante os primeiros anos de curso fazem emergir ano após ano dificuldades para o seu seguimento em período ideal, havendo, por isso, muitos veteranos em situação de jubilamento por tempo de curso. O excesso de disciplinas nos semestre e a ausência de optativas resultam, por um lado, na redução do aproveitamento escolar e por outro, no condicionamento dos estudantes a uma grade engessada, restringindo, portanto, nossa formação da mesma maneira como uma linha de produção origina sempre o mesmo produto.
Estas deficiências junto aos problemas da própria EACH, que conta com quadro relativamente pequeno de funcionários em função da quantidade de estudantes, ausência de laboratórios, equipamentos , recursos para aulas de campo, biblioteca defasada entre outros muitos, são resultado de um processo complexo que vão desde a atuação do governo até a organização dos professores do curso.
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O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do IFSULDEMINAS

Por Renan Andrade – CAGECO (IFsuldeMinas)

Após a criação da lei 6.938/81 muitas mudanças foram se concretizando no cenário nacional em questão ao meio ambiente, pois o Brasil dava um grande passo em busca da sustentabilidade com a criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA). Este propunha o fortalecimento das leis já existentes, Institucionalização de órgãos de fiscalização, execução, e deliberação para uma melhor gestão dos recursos naturais e proporcionar melhor qualidade de vida para todo cidadão deste país.
Nada disso teria efetividade se não houvesse profissionais voltados à área, seria o mesmo que construir uma padaria e não ter padeiro, enfim, nessa premissa muitos cursos ligados ao meio ambiente foram criados e um deles é o de Gestão Ambiental.
O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do IFSULDEMINAS-Inconfidentes foi criado em 2008 pelo então Diretor Geral Claudino Ortigara, e tem como objetivo a necessidade de formar um profissional empreendedor, preparado para orientar e desenvolver projetos ambientais no campo e na cidade que visem a organização para enfrentar as dificuldades ambientais causadas pela população. Em um meio onde os recursos naturais tornam-se cada vez mais escassos, ameaçando a capacidade de suporte do planeta, justifica-se a formação deste profissional em Gestão Ambiental. (PPC 2010).
Nosso curso tem duração de Três anos (Seis semestres) e uma carga horária de 2710h sendo parte desta carga horária de formulação e defesa de TCC e parte também de estágio e defesa deste.
O tecnólogo e gestão ambiental deve ter as competências de desenvolver um pensamento reflexivo sobre a atividade criadora e o saber científico, bem como, desenvolver ações de preservação, recuperação e controle da qualidade da água, do ar e do solo, com espírito empreendedor preocupado com as questões sociais e com a preservação do meio ambiente.
Além disso, o profissional deve ter embasamento multidisciplinar, associando conhecimentos básicos em diversos campos das Ciências de administração, agronômica, biológica e ambiental com formação especializada na área de controle e conservação de recursos ambientais, com vias ao desenvolvimento e adaptação de tecnologias adequadas visando garantir a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente.
Assim também, ser um agente de informação e mudanças, que proporcione interação entre as ações antrópicas e os processos ambientais objetivando o desenvolvimento sustentável na agropecuária, com o equilíbrio das relações homem-ambiente proporcionando ação harmônica com a natureza e conseqüentemente melhoria na qualidade de vida.(PPC 2010)
Mas como todo curso não é assim a mil maravilhas, temos nossas dificuldades principalmente no que tange nossa grade que sempre está em modificações para atender as necessidades do CREA, principalmente, que é o conselho que nossos professores acreditam ser o melhor caminho para nós tecnólogos. Mas sinceramente vejo uma grande falta de responsabilidade social e ambiental por parte deste conselho que não enxerga o Gestor Ambiental como profissional habilitado a atender as necessidades modernas e muitas vezes isso por questão de nomenclatura e falta responsabilidade também por parte do INEP e MEC que autorizam um curso de grande valor a sociedade mas não se preocupam como este profissional irá trabalhar após o termino deste.


O Curso de Bacharelado em Gestão e Análise Ambiental da UFSCar

Por Tássia Natania (UFSCAR)

Localização: UFSCar campus São Carlos
Período: Integral
Número de Vagas: 40
Duração em Semestres: 8 (oito)

Ocurso de Bacharelado em Gestão e Análise Ambiental iniciou suas atividades em 2009 visando formar profissionais para atuar na área ambiental, com uma visão interdisciplinar dos problemas e com capacidade para compreender as complexidades da questão ambiental.
Este curso foi criado devido ao aumento da procura por profissionais que possam ajudar as comunidades, empresas e governos a gerir melhor o ambiente e seus recursos. O curso trabalha algumas das questões mais vitais para o mundo atual, como recursos hídricos, biodiversidade, planejamento ambiental, poluição, degradação de terras, energia, mudanças climáticas e uso sustentável de recursos.
O curso forma gestores e analistas ambientais que não só compreendem todos os aspectos da área ambiental, mas também têm novas habilidades de trabalho, como pensamento crítico, resolução de problemas, administração de projetos, relações interpessoais e construção de equipes.
Desta forma, o curso prepara os estudantes para planejar, implementar e controlar todos os aspectos da gestão e análise ambiental. O curso é baseado nas ciências ambientais, mas com foco em áreas centrais da gestão e análise ambiental, para ter uma compreensão das dimensões físicas, químicas, biológicas e sociais dos problemas e questões ambientais. Além disso, será possível estudar como as pessoas interagem com o ambiente e como são feitas as decisões sobre a gestão do ambiente em escala local, nacional e global.
Na primeira seleção por vestibular, o número de candidatos por vaga foi de 8,7, enquanto na segunda seleção aumentou para 13,7. O aumento indica o interesse crescente pelo curso, e também pela busca por profissões que possam contribuir para que a sociedade seja dirigida a um futuro ambientalmente sustentável.

Características Gerais do Curso

Problemas como extinção de espécies e a erosão da diversidade genética exemplificam a degradação do meio ambiente causada pelas profundas modificações dos ecossistemas naturais, provenientes do crescimento da população humana. O Planeta chegou no seu limite de capacidade e os impactos socioambientais consequentes disto estão em evidência, tais como a fome, a miséria, a desigualdade, a violência, o desemprego e as reações adversas da Natureza.
É nesse cenário que a Gestão e Análise Ambiental surge, na tentativa de oferecer ações adequadas que garantam a manutenção da biodiversidade e dos serviços do ecossistema, além do suporte científico para a proposição de políticas e projetos de desenvolvimento sustentável.
O Bacharelado em Gestão e Análise Ambiental da UFSCar foi criado com um enfoque interdisciplinar e forte referencial na teoria ecológica, além de ampla formação prática e técnica. O curso tem por objetivo preparar um profissional que atue na busca do desenvolvimento sustentável, da conservação da biodiversidade e da qualidade de vida.
Mercado de Trabalho

O egresso do curso estará apto para atuar no setor produtivo, governamental ou em organizações não governamentais, sendo capaz também de desenvolver pesquisas visando a melhoria das tecnologias relativas ao tratamento das questões ambientais. Além da atuação em empresas como mineradoras, petroquímicas, siderúrgicas, dentre outras, o profissional pode trabalhar na administração pública e como consultor e administrador de entidades voltadas ao meio ambiente. Ele também pode atuar em equipes multidisciplinares dentro de projetos de maior complexidade e gerenciar processos participativos de organizações públicas e privadas.nal irá trabalhar após o termino deste.
Para mais informações, acesse o site do curso: www.gestaoambiental.ufscar.br


O curso de Gestão Ambiental da USP-ESALQ

Por Ariane Ramalho (CAGeA)

O curso de Gestão Ambiental da ESALQ/USP foi criado no ano de 2002 como o primeiro curso de bacharelado em Gestão Ambiental do país. Desde então, já estamos na 9ª turma e, dessas, cinco já são de gestores ambientais formados que, em sua maioria, estão atualmente exercendo a profissão no mercado de trabalho. O curso é noturno e tem a duração 8 semestres, podendo ser estendido para até 14 semestres. O fato de se tratar de um curso noturno é uma característica importante e um diferencial para os estudantes. Como a proposta na nossa instituição é formar profissionais de Gestão Ambiental com visão holística que contam com uma grande variedade de disciplinas durante a formação acadêmica, se mostrou importante a idéia de se estipular um tempo livre para que os estudantes de gestão ambiental pudessem, cada um, buscar a sua especialização através de matérias optativas - que na nossa instituição são oferecidas em grande quantidade para o nosso curso - e através de estágios. E por falar em estágios, dentro da nossa instituição existe um grande número de grupos de estágio que se mostram como opções de atuação para os estudantes de gestão ambiental. Grupos que trabalham com desde educação ambiental e gerenciamento de resíduos, até recuperação de áreas degradadas, microbiologia ambiental, marketing e percepção ambiental, economia ambiental, etc! As opções são bastante diversas. A grade do curso de gestão ambiental da ESALQ/USP busca apresentar um certo equilíbrio entre disciplinas humanas e administrativas com disciplinas das chamadas ciências da terra e ainda disciplinas exatas. De acordo com nosso Projeto Pedagógico, nossa formação profissional é voltada para a administração e procura questionar e transformar processos organizacionais no sentido da sustentabilidade ambiental, visa reduzir a degradação ambiental, buscando manter viáveis os sistemas ecológicos dos quais dependem a vida e a produção. Mas, infelizmenente, nem tudo são flores dentro do nosso curso. Não podemos negar que contamos com muitas facilidades e oportunidades mas temos muitas demandas de melhoria pelas quais ainda estamos brigando como, por exemplo, um espaço físico para os estudantes de gestão ambiental, uma maior contratação de docentes especializados na área de gestão ambiental, uma maior integração entre as disciplinas oferecidas no curso, etc. São coisas que, aos pouquinhos, buscamos com o envolvimento dos alunos do curso, atuação do Centro Acadêmico (CAGeA) e auxílio da Coordenadoria do Curso. Por fim, posso dizer que o curso da ESALQ foi bastante importante para o movimento estudantil de Gestão Ambiental que hoje cresce cada vez mais pelo país, já que aqui foi o berço de eventos importantes como o ENEGeA, o SIGA e o FEGeA. Plantamos uma sementinha e temos muito orgulho disso. Sabemos, no entanto, que a luta é de muitas mãos!

"Sei que meu trabalho é só uma gota no oceano. Porém, sem ele, o oceano seria menor." (Madre Tereza de Calcutá)

O silêncio

Por Alberto Kirilauskas

Os carros, os aviões, os ventiladores, emitem ruídos que orientam nossas
vidas,
ou as desorientam,
nos afastam de algo mais profundo.
As coisas que emitem sons também são as “coisas coisamente”.
Estes somos nós nos nossos momentos de coisa.
Emitimos tantos ruídos que já não mais sabemos quais os reais motivos desse
falatório que nos envolve e também o outro, e
faz com que ele seja rodeado de coisas coisamente pronunciando seus
discursos,
falas,
argumentações gigantescas buscando convencê-lo.
Diante de todos esses emissores de ruídos eu digo que o silêncio ainda existe.
Ele não gosta muito de companhias ou locais cheios,
mas isso não impede dele estar ali,
naquela frenética avenida com tantas coisas coisamente.
Ele pode estar rodeado de som,
sendo um lago calmo quando o vento não bate no meio do mar de gente e
objetos revoltos.
Pode ser aquele canto no meio da casa com música alta em que somente
alguns conseguem enxergar.
Ele pode ser aquele pensamento harmonioso
que repentinamente invade sua mente enquanto a discussão eleva seus tons.
Pode estar próximo de você no meio da canção
ou no meio da solidão profunda.
No fundo do poço ele pode estar, assim como na praia deserta.
Encontrá-lo na nossa sociedade muitas vezes exigem-se esforços,
e a recompensa por encontrá-lo pode não ter diretamente o sabor doce das
coisas leves,
encontrá-lo pode ser denso, e
quantos estão dispostos a passarem pela densidade para alcançar a leveza?
Se ele esta no poço,
não haverá mais ninguém lá.
As vozes pertencerão somente a ti, e
serão suas próprias vozes dizendo coisas sobre sua vida.
Revelando os seus segredos para si, e
trazendo para o mundo do sentir os sentimentos que permaneceram por anos,
meses, dias ou horas escondidos dentro de você.
Quanto mais dizeres pronunciados em vão,
quanto maiores forem as aberrações proclamadas como salvação da alma,
maiores serão os esconderijos criados para afastarmo-nos daquela voz
profunda que existe no silêncio.
O silêncio é independente,
se não desejares sua companhia...
ele não sentirá sua falta.
Mas ele se harmonizará quando estiverem juntos.
Ele saberá que sua companhia passará despercebida e
encontrá-lo é um passo para encontrar consigo mesmo.
Então que façamos silêncio.
Façamos silêncio para ouvirmo-nos...
Ouvir o “tirano que marcha”
e as flores que crescem.

domingo, 26 de setembro de 2010

Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural

Por Denis Rodrigues de Oliveira


Discutir as idéias sobre desenvolvimento rural em um retrospecto de 50 ou 60 anos não é tarefa fácil. Isso porque muitas foram as abordagens econômicas e políticas que predominaram nesse período, resultando em grande diversidade de opiniões e pensamentos a respeito do mundo rural. Contudo algumas idéias tiveram considerável predominância, estando presente em debates de estudiosos, governantes e da sociedade interessada de maneira geral.
Alguns trabalhos estrangeiros apresentam de maneira cronológica as mais importantes abordagens sobre o tema do desenvolvimento rural. No Brasil essa discussão tem alguns aspectos muito parecidos com as opiniões internacionais, sendo que fica difícil a mensuração da influencia sofrida pela literatura nacional dos trabalhos desenvolvidos no exterior.
Segundo Ellis e Biggs. (2001), os temas que predominaram nas discussões sobre desenvolvimento rural foram a modernização e a dualidade da economia nos anos 50, 60 e 70; crescimento da produção e eficiência nas pequenas propriedades vigorando entre as décadas de 60 e 2000; abordagens sobre processos, participação e descentralização a partir dos anos 80 até os atuais e abordagens de meios de vida sustentáveis, discussões que se iniciaram na segunda metade da década de 80 e perduram também até os dias de hoje. É preciso ressaltar que as tendências de pensamentos sobre o desenvolvimento rural co-existiram no tempo e que, as idéias não surtiram efeitos práticos no exato momento de seus surgimentos e tampouco foram imediatamente substituídas pelas novas tendências, que apareceram com o decorrer dos anos. Assim temos, por exemplo, que as idéias sobre meios de vida sustentáveis que são amplamente discutidas atualmente, tiveram seu inicio nos debates há pelo menos duas décadas e que as idéias de economia dual e priorização da pequena propriedade conviveram juntas por um bom tempo.
Já para Navarro (2001), destacam-se dois momentos em que o termo desenvolvimento ganhou notoriedade nas discussões entre pensadores, atores sociais diversos, formuladores de políticas públicas e governantes. O primeiro momento se iniciou no período pós-guerra e perdurou até o final dos anos 70, esse período se caracterizou pela polarização do mundo em dois modelos de sociedade e forte crescimento econômico. Nesse contexto, a possibilidade de desenvolvimento baseado nos “anos dourados” da expansão capitalista, transformou radicalmente o modo de vida de algumas sociedades em vários âmbitos e, o desenvolvimento rural, entendido como um sub-tema do desenvolvimento passou a ser parte integrante e fundamental das políticas governamentais, interesses sociais e debates teóricos daquela época.

Clique aqui para continuar lendo esse artigo. (O artigo foi disponibilizado para download porque o blogspot não permite a transferência de tabelas e notas para a postagem, o que desconfigurava o artigo.)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

VII INTERNOTURNO

Foi realizado entre os dias 17 e 19 de Setembro de 2010 a sétima edição do Internoturno, campeonato entre os cursos noturnos da USP-ESALQ, com a participação nesse ano da Economia. No canto esquerdo há um link com as fotos do evento.

Dentro do contexto esportivo, destaca-se que no V ENEGeA sugeriu-se a criação do INTERGeA, evento esportivo entre os cursos de Gestão Ambiental do país. Esse pode ser uma oportunidade para agregar ainda mais os gestores ambientais do país.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"D"espertar é preciso

Por Alberto Kirilauskas

Os dias seguem entre a agonia de tantas vezes se sentir impotente diante da imensidão da problemática ambiental e a esperança sentida ao se observar uma planta nascendo.

"Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada." - Vladimir Maiakóvski

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

VII Internoturno + Eco

Por Rachel Trovarelli

Será realizado entre os dias 17 e 19 de setembro o VII Internoturno. Trata-se de uma competição entre os cursos noturno da ESALQ que abrange diversas modalidades. Este ano o Internoturno terá a participação do curso de Economia, como convidada do evento.

A competição chega em sua 7º edição sendo que cada curso possui 2 títulos, ou seja, este é o ano do desempate (ou da zebra caso vença a Economia). As competições começam a ser realizada na sexta feira pela manhã e se encerram no domingo durante a balada em uma chácara. A confraternização começa no período da tarde e vai até a manhã da segunda feira. É neste momento que é divulgado o campeão do torneio.

As modalidades do VII Internoturno + Eco são:

Futsal, Voleibol de quadra, Voleibol de areia, Basquete, Handbol, Truco, Cabo de guerra, pebolim, tenis de mesa, braço de ferro e pedestrianismo.

A novidade este ano é a inclusão do braço de ferro. Porém foi abortada a natação ( a piscina da atlética está em reforma ) e o futebol de campo.

O Internoturno é conhecido como um dos eventos que mais integra a galera do noturno da ESALQ. Para participar, basta se inscrever durante os plantões realizados no Marrom Glacê ou diretamente com a pessoa responsável pelo seu curso ( Conchinha - Alimentos, Diácis - Biologia, Dismãxi ou Frut-lee - Gestão Ambiental e Treidof - Economia ). A inscrição é R$ 5,00 já inclusa a balada de domingo. Para participar dos jogos é necessário estar vestindo a camiseta do evento (R$ 15,00) ou qualquer camiseta da cor do respectivo curso (Vermelha - Gestão Ambiental, Amarelo - Biologia, Laranja - Alimentos e Cinza - Economia).

Vale a pena participar!!

sábado, 4 de setembro de 2010

Ambientalizando a Educação

Por Rachel Trovarelli

A educação ambiental tem sido vista como uma das principais esperanças para o meio ambiente no século XXI. Muitos vêem nesse processo de aprendizagem não só a construção de um desenvolvimento sustentável, mas sim, de um envolvimento sustentável.


O conceito de envolvimento é muito mais amplo. Trata-se de uma mudança de visão, na qual, a sociedade contemporânea se vê inserida num contexto maior, natural do planeta Terra. Não basta proteger a natureza, temos que se perceber como parte dela.


É sabido que estamos em meio a uma crise ambiental, e ousaria dizer, uma crise mundial, na qual os valores mais nobres do seres humanos – tais como o respeito e o amor – parecem se perder em meio aos tic-tacs dos relógios, nas falas e nos pensamentos e ambições da maior parte da população.


Esses valores estão intimamente ligados a valorização do ambiente na qual estamos inseridos. Como respeitar e amar, viver em harmonia uns com os outros se não respeitamos e amamos nem a nossa própria casa? Por isso sugiro que além de um grave problema ambiental, vivenciamos um gigantesco problema de comportamento humano.


Diante disso, a percepção do meio é indispensável quando se busca a sensibilização perante a sociedade. É nesse contexto que a educação ambiental encontra onde atuar e proporciona um envolvimento sustentável da sociedade entre si e com o ambiente.


Através de atividades que proporcionam o saber ambiental, buscam-se soluções locais e então recupera-se o sentido de comunidade. Um trabalho continuado, acompanhado ou não, gera um ambientalismo cotidiano, um envolvimento. A percepção e sensibilização pela causa é algo tão benéfico que traz um entusiasmo, resgatando a paixão pela vida num mundo atualmente desesperançado. Ações locais motivam soluções locais, mudança de hábitos locais... um melhor mundo local.


Talvez, esse possa ser o primeiro passo pra quem almeja mudar o mundo.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Trágica certeza

Por Alberto Kirilauskas

E assim seguimos vivendo no planeta terra com seus finitos bens ambientais.

- Eu prefiro saber que tenho um câncer à não saber o que me espera.

Eu estava com o meu carro guiando pela estrada, quando enxerguei uma bifurcação. Indo para a direita eu tinha a certeza de que meu carro iria se espatifar contra o barranco, e indo pela esquerda, ah! Indo pela esquerda... Até hoje eu não descobri o que lá existe.

Mas sei que minha mulher prefere ter um câncer à não saber o que lhe espera.